TECNOLOGIA SUBSTITUI A “CATAÇÃO MANUAL” DE MICROLOTES
Produzir cafés especiais exige muito cuidado e tecnologia. Da lavoura até a xícara, cada etapa precisa ser realizada com o objetivo de preservar a qualidade dos grãos de café. Para isso, os cafeicultores contam com uma série de equipamentos, tais como lavadores, despolpadores, secadores e descascadores. No entanto, uma das últimas etapas, o rebenefício, muitas vezes é feita manualmente.
O rebenefício consiste, basicamente, na separação e classificacão dos grãos por tamanho, formato, densidade e cor. O processo também elimina impurezas e grãos defeituosos. Como última etapa, é possível padronizar os lotes de café formando ligas. O mercado de cafés especiais é muito exigente quanto à qualidade do rebenefício, já que os lotes precisam ser homogêneos e ter o mínimo de defeitos para serem torrados. No entanto, rebeneficiar cafés especiais é um desafio à parte.
Para alcançar a excelência, o produtor precisa trabalhar com pequenos lotes de café, preservando as singularidades de cada um. Esses são os famosos microlotes e nanolotes tão falados atualmente. O desafio reside no fato de que os equipamentos convencionais de rebenefício são projetados para grandes volumes. Eles não funcionam adequadamente com microlotes e nanolotes, o que obriga os produtores a fazer a catação manual dos grãos defeituosos, processo que consome muitas horas de trabalho.
Cooperativas e prestadores de serviços também enfrentam dificuldades nessa etapa. A maioria possui maquinário para o rebenefício de café padrão commodity. Ao colocar microlotes nesses equipamentos há risco de mau funcionamento e contaminação do café especial com resíduos de café commodity, o que pode comprometer todo o trabalho de qualidade feito até então.
Para solucionar esses problemas, a Palinialves desenvolveu uma tecnologia de rebenefício exclusiva para microlotes e nanolotes de cafés especiais. Todos os equipamentos são projetados para rebeneficiar de uma até trinta sacas de café por hora.
A integridade dos grãos é preservada durante o processo e não há risco de contaminação, já que a estrutura utiliza transportadores pneumáticos entre os equipamentos. Outro destaque é a exclusiva separadora por densidade, que substitui a mesa densimétrica tradicional.
O primeiro cafeicultor do Brasil a utilizar a nova solução da Palinialves foi Getúlio Minamihara, de Franca-SP. O café Minamihara é referência internacional em qualidade, sendo exportado para inúmeros países. Para garantir a qualidade dos microlotes, Getúlio e sua equipe faziam a catação e classificação manual dos grãos. Com a nova estrutura de rebenefício Palinialves, o processo ganhou agilidade e qualidade. Os equipamentos proporcionam controle total da operação de rebenefício dos cafés Minamihara.
Para saber mais, assista ao vídeo que o time da Palinialves gravou com a família Minamihara.
Veja algumas fotos do projeto.